terça-feira, 29 de novembro de 2011

VOCÊ SABE O QUE SÃO CONSELHOS (Municipais, Estaduais ou Nacionais)?

Para quem gosta de história, vai se lembrar que o golpe de 1964 marcou o início de uma série de medidas para sufocar os direitos políticos conquistados. Mas a mobilização social pela retomada do processo democrático se contrapunha ao poder ditatorial. Buscava-se a reconquista de direitos básicos como o de votar, de se organizar e se manifestar livremente.
E em meio tudo aquilo que constam nos livros de história, ou ainda que nossos pais e avós vivenciaram, estavam as experiências que a participação da sociedade civil se organizava, até que em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal, foi o marco formal desse momento histórico de reavaliação do papel do Estado e do papel da sociedade civil, que abre caminho para a descentralização e para a participação social na gestão política.
Pois bem, desta maneira nascem então os Conselhos Municipais, Estaduais e Federais das mais diversas temáticas sociais.
Então, enfim, o que faz um Conselho?

Os conselhos são importantes instrumentos de gestão compartilhada entre o poder público e a sociedade civil. Constituem espaços de debate e deliberação acerca de questões envolvendo as políticas públicas para cada área de interesse e atuação de seus entes.

Os conselhos funcionam como um controle social realizado por um grupo de pessoas. Os conselhos gestores de políticas públicas são canais efetivos de participação, que permitem estabelecer uma sociedade na qual a cidadania deixe de ser apenas um direito, mas uma realidade. A importância dos conselhos está no seu papel de fortalecimento da participação democrática da população na formulação e implementação de políticas públicas.
Os conselhos são espaços públicos de composição igualitária entre governo e sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais. Os conselhos são o principal canal de participação popular encontrada nas três instâncias de governo (federal, estadual e municipal).
Os conselhos mais comuns são:
  • Conselho Municipal da Saúde;
  • Conselho Municipal da Educação;
  • Conselho Municipal da Assistência Social;
  • Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.
À medida que a população vai se conscientizando e crescendo em participação, outros Conselhos que o município considere importante vão sendo criados, como é o caso dos Conselhos Municipais da Cultura, do Turismo, da Pessoa Portadora de Deficiência, da Mulher, do Idoso, do Jovem, enfim, dos mais variados gêneros.
Será que para nós, enquanto estudantes, essas informações nos são passadas? Ou seja, somos convidados no tempo em que freqüentamos o Ensino Médio, ou o final do Ensino Fundamental, para fazer parte das Políticas Públicas da nossa cidade?
Poucos são os jovens e adolescentes que sabem destes processos. Alguns porque não se interessam, mas da grande maioria essas informações são escondidas, ou sufocadas em projetos que em quase nada acrescentam ao efetivo caráter juvenil.
Estive no início desta semana, na posse do novo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, e fico feliz em saber que em nossa cidade, o CMDCA como é chamado, possui entre seus membros titulares uma representação adolescente.
Que esta participação adolescente no CMDCA nos sirva de exemplo e nos motive a participarmos de outros conselhos municipais existentes em nosso município. Para que possamos juntos criar, debater e fazer parte das Políticas Públicas que interessem também a sociedade juvenil ituana.
Em breve abordaremos mais sobre o tema “Conselhos Municipais”.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

URGENTE - NOTÍCIA IMPACTANTE: Neste final de ano, quase 50 MILHÕES de crianças, jovens e adolescentes serão ASSASSINADOS

Estava neste final de semana conversando sobre vários temas, com várias pessoas que há tempos eu não me encontrava.

Dentre estas pessoas, estava uma amiga, professora de Ensino Fundamental, que nas últimas vezes que conversamos estava muito querendo trabalhar. Perguntei então se ela estaria lecionando, e fiquei feliz ao saber que a jovem professora estava dando aulas em duas conceituadas unidades escolares da cidade. Porém, quando aprofundamos no assunto, uma grande tristeza nos abateu, pois notamos o quanto a Educação Pública está defasada e complicada a cada ano que passa. Imaginem que ela, está encerrando neste momento a matéria que estava planejada para o 2º (isso mesmo, segundo) bimestre. Culpa da professora? Da diretora? Dos alunos?

É complicado dizer isso, mas a medida que o tempo passa, venho tendo ainda mais a certeza de que o sistema educacional no país é um CRIME INTELECTUAL para as nossas crianças, adolescentes e jovens. A cada ano que passa, nossos estudantes são ASSASSINADOS INTELECTUALMENTE, por aqueles que (pasmem!) deveriam ser os grandes mestres do aprendizado.

Anualmente, a Educação Brasileira vive dois extremos, ou seja, no início de cada ano letivo recebe milhões de crianças em busca da Escola Pública Ideal e do ensino de excelência (quanta ilusão!) e ao final do mesmo ano despeja na sociedade outros tantos milhões de jovens e adolescentes que foram “forçados” a engolirem um ensino azedo e de má qualidade proposto por um sistema arcaico. Enfim, ao final de um ciclo que dura em média 11 anos, são vomitados para uma sociedade que se vê obrigada a adquirir um produto de péssima formação.

Aqui não é uma questão de crítica ou acusação a esta ou aquela classe. Efetivamente neste caso é uma culpa do sistema. Um sistema integrado que passa pelos Estatutos do Magistério, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e tantas outras leis que se criam com a boa intenção de melhorar, porém, acabam uma se sobrepondo às outras.

A cada classe cabe a sua parcela de responsabilidade. Mas, acima de tudo, a cada classe também é necessário saber o quanto o seu esforço é inútil e que não está levando a absolutamente nada.

Ao MEC e Secretarias de Educação (estaduais ou municipais) sabe-se o quanto se gasta com seu pessoal, do quadro de professores e administração, com o quanto se gasta de materiais, pesquisas, avaliações e tantas outras despesas. Sites e comunicação em geral são muito importantes. O Brasil em números é maravilhoso! Mas literalmente, tudo isso é só para inglês ver. Por acaso o Ministro da Educação, ou os Secretários e Secretárias da pasta em cada Estado e Município, conhecem realmente o número daqueles alunos que conseguem ao final da Pré-Escola acompanhar o Ensino Fundamental? Ou ainda, daqueles adolescentes que ao final do Ensino Fundamental, vão ingressar com mérito no Ensino Médio? E o mais importante, aqueles que concluindo o Ensino Médio, conseguirão ter sucesso em uma faculdade (pública ou privada)?
Enfim, a pergunta pode ser um pouco mais simples e óbvia. Será que o Ministro e os Secretários conseguem ter uma estatística de quantos jovens e adolescentes sabem realmente ler e escrever?

Aos professores e mestres, profissão tão digna outrora e hoje tão humilhada, fica sempre o encargo da cobrança. O sistema cobra do professor algo quase impossível, pois a sala de aula, hoje, é como uma panela de pressão, prestes a explodir a qualquer momento. Basta apenas uma falta de educação qualquer de um aluno que o professor já se vê sem reação e por algumas vezes acaba por perder o respeito de toda classe. Situação essa fruto de leis que são interpretadas erroneamente pela sociedade e que trata a criança, o adolescente e o jovem como “intocáveis”. Sem contar o salário vergonhoso que é pago hoje ao profissional responsável pela criação da intelectualidade do país. Enquanto milhões de reais são desviados nos governos por aí a fora.

Às famílias, resta o ônus de ter na escola, muitas vezes o único lugar para lamentar o desinteresse e a mudança de comportamento dos filhos e tentam transformar o templo escolar e seus funcionários em uma catedral de milagres e seus obreiros. Situação complicada, pois vemos cada vez mais as famílias afastadas da escola, sem interesse pelo desenvolvimento educacional dos filhos, simplesmente porque o sistema não oferece uma escola participativa eficaz. Até mesmo o projeto “Escola da Família” do governo do Estado de SP foi fadado ao fracasso com várias escolas que hoje não conseguem mais sustentar o projeto, pois simplesmente, voluntários, educadores e profissionais se recusam a trabalhar em determinados locais considerados de risco, sendo que estas são as comunidades que mais precisam.

Finalmente, aos alunos, estes sim são os mais prejudicados em todo o sistema, pois são obrigados a aceitar calados cada mudança, cada imposição colocada a eles. São obrigados a aceitar uma progressão continuada que os fazem chegar ao final do Ensino Fundamental sem o mínimo do conhecimento possível. São obrigados a aceitarem uma Escola que mais parece uma prisão e que em pouca coisa difere do ambiente de uma Fundação Casa (antiga Febem). São obrigados a aguentarem professores mal-humorados por conta da remuneração e das condições a que são submetidos para lecionarem. São obrigados a aceitarem regras que eles, os alunos, sabem bem, que nem mesmo os seus líderes e governantes seguem.

É fácil condenar o baixo escalão, neste caso os alunos, pelo fracasso do ensino público, pois os mesmos, na fase áurea da adolescência, período das curiosidades e das avalanches de informações que chegam até eles, se tornam muitas vezes, rebeldes ou inquietos. E desta forma fica mais simples tirar a responsabilidade de quem realmente deveria tê-la. Pois até a acusação do mal-fadado sucesso do todo poderoso ensino público proposto pelas autoridades, é culpa de um sistema que já viciou em encontrar “bodes expiatórios” ou “bois de piranha” para os fracassos.

Até quando vamos aguentar estas situações? Em que momento vamos conseguir finalmente combater esse GENOCÍDIO INTELECTUAL das nossas crianças e dos nossos jovens?


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O QUE FAZ UM JOVEM SE SENTIR "JOVEM" NOS DIAS DE HOJE?

Parei para pensar: é isso é muito bom, é “everytime” nós precisamos parar para respirar e pensar um pouco no que acontece no nosso mundo, mais especifico: jovem. O pré-sentimento de um mundo novo nos faz ter uma pré-ideia do que podemos encontrar numa fase pré-adulta chamada: juventude.
Então, pare e pense: O que é ser jovem?
Analisei alguns sintomas: mundo novo, liberdade, poder, escolhas, caminhos.


1 – Vivemos num mundo novo, um mundo que se renova a cada dia. Um “boom” de informações chegam e saem sem percebemos ocultando em nós sentidos primários como: tato, olfato, paladar, etc.
2 – A questão do mundo novo vem em conjunto com a liberdade repentina de que podemos fazer tudo o que temos vontade, sem pensar em nossas famílias, amigos, animais de estimações, etc.
3 – O poder de um mundo novo nas nossas mãos geram uma sensação de liberdade extrema onde temos o poder de realizar nossos ideais , nossas vontades gerando em nós outro sentimento de querer sempre buscar o poder sobre as pessoas que estão ao nosso redor.
4 – As escolhas são consequências, resultados que sempre buscamos dentro de um novo mundo chamado juventude onde experimentamos além dos prazeres palpáveis/comestíveis/bebíveis/fumáveis: liberdade de expressão, poder sobre nosso corpo/mente e sobre as pessoas que convivemos (ou não) em diversos momentos. As escolhas podem sempre pender para 3 lados: bom, razoável, ruim. É a Lei.
5 – Os caminhos escolhidos são finalmente a parte final desta equação matemática onde podemos somar diversos pontos, subtrair alguns, dividir por quanto for necessário e chegar ao resultado: certo ou errado.
Repensei:
As vezes, ou muitas vezes o caminho certo nunca é certo. O errado pode ser o certo, e vice-versa. Tudo é relativo? Sim. O ser-humano evolui de acordo com as mudanças provocadas por nós mesmo, então porque que quando a mudança é boa nunca evoluímos para o bem?
Já pararam para repensar se todas as ideias boas dos humanos fossem utilizadas em prol de todos dentro de todo?
Concluo este pensamento da seguinte maneira:
Não minta para os outros, você os engana, mas não a si mesmo. Não tenha medo de ser quem você é. Deus amou gente pior que você.” – Pe. Fábio de Melo, scj

(texto retirado da internet, do jovem Guilherme Souza)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O QUE A SOCIEDADE GANHA COM O VOLUNTARIADO JOVEM?

A inclusão dos adolescentes na solução de problemas colabora não só para o desenvolvimento da auto-estima e da autonomia , mas contribui também para a organização e o fortalecimento da sociedade. São exemplos desses ganhos, a melhoria do nível de informação e formação da população jovem, desenvolvimento de lideranças, solução de problemas e necessidades da comunidade, articulação e amadurecimento da sociedade civil, e construção de um novo imaginário social de cidadania - com base na responsabilidade, cooperação, solidariedade e compromisso.
O jovem não é apenas o beneficiado, mas também o promotor da transformação social. Intervenções no campo da ecologia e proteção ambiental, saúde e direitos humanos, sexualidade e afetividade, contribuições ativas e solidárias para o sucesso da aprendizagem escolar e transformação da escola, apoio a crianças em creches, hospitais e associações de bairro são exemplos de áreas em que os adolescentes podem e estão atuando. Os Encontros Nacionais de Adolescentes (ENAs), que acontecem a cada ano, reúnem adolescentes e jovens de mais de 50 instituições para trocar experiências de voluntariado e protagonismo juvenil. As possibilidades de atuação são reais e podem ser altamente estimulantes, se respeitados os limites de cada um, e se o jovem for convocado a tornar pessoal uma causa social.
Ser parceiro de um adolescente é uma experiência única, que pode nos transformar profundamente. Significa, por outro lado, recuperar e acolher o adolescente que fomos; e, por outro, ser capaz de enxergar a pessoa real que está diante de nós, com sonhos, desejos, potenciais, limitações e necessidades. Ajuda-nos a explicitar os valores segundo os quais estamos de fato vivendo, e a buscar os valores segundo os quais desejamos viver. Porque os jovens podem ver com clareza o que nós não vemos; e nós, adultos, podemos ver com clareza o que eles ainda não vêem.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O VOLUNTARIADO COMO FORMA DO PROTAGONISMO JUVENIL

O Ano de 2011 está sendo o Ano Europeu do Voluntariado
Adolescentes de hoje: jovens que buscam, mas não sabem exatamente o que procuram, nem como irão encontrar o que desejam. Indivíduos que, apesar dos diferentes rótulos que uma sociedade lhes empresta, cada vez mais, demonstram um mesmo desejo de viver em mundo melhor. Há algum tempo, esses adolescentes têm carregado o estereótipo de passivos e irresponsáveis, porque não se envolvem com questões consideradas verdadeiramente relevantes. Afinal, como exigir a participação daqueles que não são nem estimulados, nem preparados a participar?
Acreditar no voluntariado jovem significa - é claro - acreditar no voluntariado e no jovem. Nos últimos anos, especialmente nesta década, vem tomando forma no Brasil a concepção de voluntariado como ação cívica; que tem como objetivo a mobilização de pessoas, empresas e instituições da sociedade civil para rever seus próprios problemas; tanto pela articulação de iniciativas e recursos, quanto pela reinvidicação de políticas públicas satisfatórias. A participação direta de cidadãos em atividades sociais pode contribuir para o enfrentamento da exclusão social e para a consolidação de uma cidadania participativa. Assegurar os direitos humanos e sociais passa a ser uma responsabilidade não apenas do Estado, mas de toda a sociedade.
Dentro dessa nova realidade, como se pode caracterizar o voluntário e o voluntariado? "O voluntário é o cidadão que, motivado pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário. Além de bem informado e consciente da complexidade dos problemas sociais, o voluntário trabalha considerando o horizonte da emancipação, ou seja, estimulando o crescimento da pessoa e da comunidade para resolver seus próprios problemas"1
Compreendido como empreendimento social, o voluntariado contemporâneo busca a eficiência dos serviços, a qualificação dos voluntários e das instituições. Além de competência humana e espírito de solidariedade, almeja-se a qualidade técnica da ação voluntária. Dentro dessa perspectiva, o voluntariado deixa de interessar apenas à classe média ou àqueles que têm tempo disponível e passa a ganhar espaço entre as empresas e as classes populares, a interessar a todos e ser da responsabilidade de todos.
Quem acredita no voluntariado, acredita na possibilidade de romper com o fatalismo, com a desesperança, com as atitudes meramente críticas ou reativas. Está disposto a contribuir para a formação de mentalidades proativas, capazes de promover a passagem para uma ordem produzida por todos e com todos.
A juventude é um grupo chave em qualquer processo de transformação social, principalmente agora, que adolescentes são o grupo etário mais numeroso do país. Segundo dados do IBGE, o Brasil tem hoje 34 milhões de jovens na faixa de 10 a 19 anos e, se o ritmo de crescimento da população for mantido, os adolescentes continuarão sendo o grupo etário predominante, pelo menos até o ano 2010. Mais do que nunca, aquilo que os jovens pensam, sentem, dizem e fazem tem relevância não só para eles mesmos, mas para toda a sociedade.
Embora possamos dizer que desapareceu a idéia de reinvenção do mundo nos moldes das décadas de 60 e 70, os jovens atuais, agrupados ou não em "tribos", também querem deixar sua marca. Uma pesquisa realizada em 1997, pelo Centro de Pesquisa Motivacional, junto a 1481 jovens das cinco maiores capitais brasileiras, indicou que embora apenas 7% dos entrevistados estavam envolvidos em algum tipo de ação voluntária, mais de 50% desejaria se engajar neste tipo de atividade. O adolescente tem vontade de atuar construtivamente na sociedade, porém faltam-lhe orientação e oportunidade.
As experiências com programas de educação de jovens mostram que muitos adultos têm representações estereotipadas dos adolescentes. Não confiam neles, sentem-se inseguros e pouco à vontade para considerar o jovem como parceiro e colaborador. Quem acredita em voluntariado jovem, tem de acreditar na dignidade do adolescente. Se acreditamos que o processo de construir-se como pessoa não termina nunca, temos de considerar que tanto o adolescente, quanto o adulto estão em construção, cada um num momento particular dessa trajetória. O adolescente tem o direito de ser ouvido, respeitado, ter suas necessidades atendidas e encontrar espaço para expressão de seus potenciais.
Porque somos paternalistas, não são raras as manifestações - claras ou veladas - de temores e preconceitos relacionados ao voluntariado jovem. Algumas delas estão comentadas, a seguir:

- Pensamos que o envolvimento do adolescente com atividades extra-escolares pode trazer prejuízos para sua formação acadêmica e para seu futuro profissional, (Você devia pensar no seu futuro e não perder tempo com essas coisas);
- Tememos que o contato do adolescente com a diversidade social, com as contradições e conflitos possa afastá-lo dos valores dominantes em sua família, religião ou grupo social e levá-lo a tornar-se desajustado, rebelde ou revolucionário (Olha lá aonde isso vai te levar);
- Desqualificamos o idealismo e o interesse do jovem por considerá-lo passageiro, inconseqüente, uma espécie de doença da idade que, logo, logo, vai passar, (Quando eu tinha a sua idade também achava que podia mudar o mundo);
- Descremos no potencial do jovem (Os adolescentes são aborrecentes: não sabem o que querem, vivem com a cabeça no ar, não cumprem horários, não conseguem assumir compromissos. Além disso, não têm habilidades específicas, portanto, têm pouco ou nada a oferecer);
- Tememos que a liberdade de ação e a autonomia dos jovens nos levem a perder o controle sobre eles (Se deixarmos os jovens decidir e atuar por conta própria, as conseqüências serão desastrosas).

No relacionamento pessoal e social, as pessoas projetam umas nas outras representações e expectativas, que tendem a concretizar-se em atitudes e comportamentos. O que pensamos e sentimos em relação aos adolescentes tende a funcionar como profecia auto-realizadora. Se partimos do pressuposto de que os adolescentes são capazes, eles provavelmente se mostrarão capazes. Se confiarmos, eles se mostrarão confiáveis. Se acreditamos, de fato, que o adolescente é uma pessoa e um cidadão, passamos a ouvi-lo e respeitá-lo como parceiro, na construção de uma sociedade melhor.
A força básica do voluntariado contemporâneo é a pessoa que, participando livremente de ações solidárias, tem oportunidade de encontrar-se consigo mesma e com os outros. Não se pode conceber o voluntariado, especialmente o do jovem, como execução de tarefas mecânicas, sem possibilidade de escolha e criação pessoal. O jovem - como também o adulto - só se envolve verdadeiramente quando é considerado sujeito, quando é estimulado a criar e a assumir responsabilidades.
Os adolescentes voluntários devem, nessa perspectiva, ser vistos como interlocutores e parceiros dos adultos, e podem, de acordo com seu interesse e evolução, tornar-se também reeditores e líderes de programas voluntários. Cabe-lhes, portanto, uma participação ativa e crítica. Trata-se de conferir-lhes o status de cidadãos e construir uma forma de relação em que jovens e adultos, juntos, façam escolhas, tomem decisões, implementem e avaliem ações que digam respeito ao bem-comum.
Educar os jovens para o desenvolvimento de ações solidárias, significa envolvê-los ativamente em seu próprio processo de crescimento pessoal, na melhoria das condições de sua vida e de sua comunidade.
O processo educativo enfatiza a autonomia e a solidariedade, por meio de vivências, reflexões e contato direto com as pessoas e entidades que desenvolvem ações no campo social. Os adolescentes aprendem a lidar com suas diferenças; identificar-se, enquanto um grupo com objetivos comuns, ao mesmo tempo em que refletem e debatem sobre temas como auto-estima, comunicação, valores, cidadania e direitos humanos, saúde e sexualidade, violência, uso indevido de drogas, leitura crítica dos meios de comunicação e consumo. Decorridos alguns encontros de formação, os adolescentes visitam entidades, entrevistam pessoas e aprendem a formular propostas de atuação social. Em contato com entidades ou recorrendo a profissionais especializados, adquirem uma formação básica para atuar com a questão, público ou atividade escolhida. Os projetos são acompanhados por educadores ou profissionais vinculados às entidades.
A atuação em problemas reais e a orientação para uma tarefa propiciam a oportunidade de aprendizagem prático-vivencial, que integra o sentir, o pensar e o agir. Assim compreendido, o voluntariado jovem torna-se um espaço de formação de pessoas autônomas, capazes de fazer projetos. São os projetos que dão sentido à vida, que nos lançam para o futuro. Oferecer, aos adolescentes, oportunidades de envolver-se na solução de problemas reais, é oferecer-lhes chance de produzir sentido, definir rumos, transformar em textos coerentes e inovadores os fragmentos de informação a que estão expostos. Significa criar espaços para que eles possam exercitar a construção do seu projeto de vida, tornando-se autores e protagonistas de sua própria vida.
Enfim, ao associar-se a seus pares e a adultos-parceiros em projetos de atuação voluntária, os adolescentes têm a chance de desenvolver:

- Percepção, sensibilidade, flexibilização e adaptabilidade;
- Capacidade de reflexão e interpretação da realidade social;
- Auto-estima, iniciativa e confiança em si mesmos;
- Capacidade de escolha e de tomada de decisão;
- Habilidade de conviver e trabalhar cooperativamente em grupo;
- Habilidade de associar-se com adultos com base na parceria, apreciação e respeito mútuos.

O voluntariado jovem pode acontecer, tanto através de ações criadas pelos próprios adolescentes, como pelo seu engajamento em uma organização de fim social, que tenha um programa de voluntários.
Como afirma Antônio Carlos Gomes da Costa, há muitas maneiras de dizer sim a uma causa social. A adesão ao voluntariado admite respostas com nuances e gradações. A meta do facilitador e das instituições que desenvolvem programas de formação de adolescentes voluntários dever ser atingir o que Antônio Carlos Gomes da Costa considera o degrau mais alto da escada da participação, que corresponde à autonomia em todas as etapas de desenvolvimento de uma ação.2 Quando os jovens atingem a autonomia, a iniciativa da ação parte deles próprios, que são capazes também de planejar, executar, avaliar e apropriar-se dos resultados dessa ação (protagonismo juvenil). Entretanto, temos de estar conscientes de que a caminhada em direção à autonomia é um processo longo, não ocorre ao mesmo tempo e no mesmo ritmo em todos os adolescentes. É, pois, fundamental respeitar e valorizar os progressos de cada um.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

FALTA DE ÁGUA

Fico muito feliz com as ações de manifestação sobre o PROTESTO SOBRE A FALTA DE ÁGUA em Itu. Como qualquer cidadão, espero que seja um manifesto pacífico. Se bem que falar em "pacífico" no Brasil é chover no molhado. Mas na verdade esperamos que essa ação não tenha interesses políticos partidários, com pessoas que se aproveitam do momento e de outras pessoas para se auto-promoverem, sobretudo neste tempo próximo de eleições. Convenhamos lembrar que o problema da FALTA DE ÁGUA EM ITU é uma questão histórica. O município tem uma dificuldade muito grande de chuva por estar em uma zona de ventos fortes que espalham as nuvens carregadas. Porém, nada tira a responsabilidade da empresa ÁGUAS DE ITU que é a responsável direta pelo problema operacional que estamos enfrentando. Cobrar da empresa ÁGUAS DE ITU solucão capaz de contornar e resolver o problema é um dever nosso como CIDADÃOS, e cobrar do Poder Público Municipal o rigor na fiscalização das empresas que prestam serviços essenciais ao município também é o nosso DEVER e sobre tudo o DIREITO de exercer a nossa CIDADANIA. Porém não podemos ser "trouxas" de nos sujeitarmos a sermos palanques eleitorais humanos de pessoas que só querem se aproveitar do momento. Sejamos, pois, felizes em nosso manifesto, e que possamos mostrar as autoridades que ITU tem pessoas conscientes de seus DEVERES e de seus DIREITOS. Coloquemos em prática, portanto, aquilo que chamamos de CIDADANIA.
Neste espaço, pretendemos discutir a conscientização sobre o uso racional da água. Como sabemos a água é um bem mineral limitado. Precisamos, com URGÊNCIA, mobilizar toda a população para essa importante consciência ambiental.
Acredito que aí sim, estaremos manifestando nosso espiríto de Cidadão Crítico e Consciente.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CHEGOU A VEZ DA JUVENTUDE DE ITU... A Assessoria de Políticas Públicas para Juventude de Itu agora é realidade....

           O Brasil conta hoje com mais de 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, segundo dados do IBGE. O problema é que a sociedade não se preparou para receber este enorme contingente de pessoas, nem lhe ofereceu as condições para o exercício pleno da cidadania.

            Os jovens brasileiros mostram-se vulneráveis a questões como desemprego, violência e drogas, que vêm somar-se às mazelas decorrentes da escassez de investimentos em educação, saúde, cultura e esporte.

            As principais vítimas de violações dos direitos humanos hoje, no Brasil, são os jovens. Os homicídios são a principal causa de morte dos jovens – a cada duas mortes de jovens entre 15 e 24 anos, uma foi por homicídio; dois terços da população carcerária têm entre 18 e 24 anos; 22% das jovens entre 15 e 19 anos já são mães – a grande maioria, solteiras. De cada 15 jovens brasileiros, apenas cinco conseguem chegar ao ensino médio e só um ao ensino superior; 87% dos jovens nunca foram ao teatro ou a museus.

            Estimular o protagonismo juvenil e a força criativa do jovem constitui medida necessária para enfrentar os desafios gerados por esse quadro critico. Assim, uma tarefa relevante para promover os direitos humanos dessa vasta parcela da população é difundir políticas públicas em todas as esferas de governo e ações no âmbito da sociedade civil capazes de criar oportunidades para os jovens e valorizar na sociedade a temática da juventude.

O tema juventude, especialmente a partir dos anos 90, vem sendo motivo de debates políticos e acadêmicos na cena brasileira. Um olhar investigador pode constatar um número considerável de pesquisas que buscam compreender diferentes questões relacionadas ao universo juvenil, como a relação do jovem com a escola, com o trabalho, com a cultura, com a política, ou em relação à sexualidade, a violência, etc. De fato, essa diversidade de relações permite não só traçar perfis juvenis, mas orientar as políticas públicas para esse segmento.

                Experiências bem-sucedidas – realizadas tanto no Brasil quanto no exterior – demonstram que estimular o protagonismo juvenil e a força criativa do jovem mostra-se eficaz para enfrentar os desafios gerados por este quadro crítico.

            Para isto, o jovem deve ser encarado como sujeito, como pessoa capaz de participar, ampliar, influir e transformar projetos, programas e atividades implementados pelo governo ou pela sociedade civil.

            O primeiro passo, neste processo, é mobilizar o jovem. A seguir, é necessário oferecer-lhe as condições para uma atuação construtiva.

            O atual contexto exige a urgente elaboração de políticas sociais setoriais – ações que trabalhem diretamente o potencial do jovem e desenvolvam seu conceito de cidadania e participação ativa na sociedade a partir de cada município.
   
            Neste conceito é que a Prefeitura da Estância Turística de Itu, compreendendo a necessidade de uma articulação emergente para a formulação das Políticas Públicas para a Juventude, abre suas portas para a criação da Assessoria de Políticas Públicas para a Juventude em âmbito municipal.

            Neste espaço vamos debater as necessidades e as expectativas dos nossos jovens e adolescentes.

            Nossa principal meta será a organização do 1º FÓRUM MUNICIPAL DA JUVENTUDE que pretendemos realizar em Março/2012.

            Enquanto essa data não chega, vamos fortalecendo os vínculos através das nossas redes sociais – facebook, twitter, Orkut, e tantos outros.

            Esperamos e contamos com a participação de todos em nossos embates e debates.

            Salve!