terça-feira, 22 de novembro de 2011

URGENTE - NOTÍCIA IMPACTANTE: Neste final de ano, quase 50 MILHÕES de crianças, jovens e adolescentes serão ASSASSINADOS

Estava neste final de semana conversando sobre vários temas, com várias pessoas que há tempos eu não me encontrava.

Dentre estas pessoas, estava uma amiga, professora de Ensino Fundamental, que nas últimas vezes que conversamos estava muito querendo trabalhar. Perguntei então se ela estaria lecionando, e fiquei feliz ao saber que a jovem professora estava dando aulas em duas conceituadas unidades escolares da cidade. Porém, quando aprofundamos no assunto, uma grande tristeza nos abateu, pois notamos o quanto a Educação Pública está defasada e complicada a cada ano que passa. Imaginem que ela, está encerrando neste momento a matéria que estava planejada para o 2º (isso mesmo, segundo) bimestre. Culpa da professora? Da diretora? Dos alunos?

É complicado dizer isso, mas a medida que o tempo passa, venho tendo ainda mais a certeza de que o sistema educacional no país é um CRIME INTELECTUAL para as nossas crianças, adolescentes e jovens. A cada ano que passa, nossos estudantes são ASSASSINADOS INTELECTUALMENTE, por aqueles que (pasmem!) deveriam ser os grandes mestres do aprendizado.

Anualmente, a Educação Brasileira vive dois extremos, ou seja, no início de cada ano letivo recebe milhões de crianças em busca da Escola Pública Ideal e do ensino de excelência (quanta ilusão!) e ao final do mesmo ano despeja na sociedade outros tantos milhões de jovens e adolescentes que foram “forçados” a engolirem um ensino azedo e de má qualidade proposto por um sistema arcaico. Enfim, ao final de um ciclo que dura em média 11 anos, são vomitados para uma sociedade que se vê obrigada a adquirir um produto de péssima formação.

Aqui não é uma questão de crítica ou acusação a esta ou aquela classe. Efetivamente neste caso é uma culpa do sistema. Um sistema integrado que passa pelos Estatutos do Magistério, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e tantas outras leis que se criam com a boa intenção de melhorar, porém, acabam uma se sobrepondo às outras.

A cada classe cabe a sua parcela de responsabilidade. Mas, acima de tudo, a cada classe também é necessário saber o quanto o seu esforço é inútil e que não está levando a absolutamente nada.

Ao MEC e Secretarias de Educação (estaduais ou municipais) sabe-se o quanto se gasta com seu pessoal, do quadro de professores e administração, com o quanto se gasta de materiais, pesquisas, avaliações e tantas outras despesas. Sites e comunicação em geral são muito importantes. O Brasil em números é maravilhoso! Mas literalmente, tudo isso é só para inglês ver. Por acaso o Ministro da Educação, ou os Secretários e Secretárias da pasta em cada Estado e Município, conhecem realmente o número daqueles alunos que conseguem ao final da Pré-Escola acompanhar o Ensino Fundamental? Ou ainda, daqueles adolescentes que ao final do Ensino Fundamental, vão ingressar com mérito no Ensino Médio? E o mais importante, aqueles que concluindo o Ensino Médio, conseguirão ter sucesso em uma faculdade (pública ou privada)?
Enfim, a pergunta pode ser um pouco mais simples e óbvia. Será que o Ministro e os Secretários conseguem ter uma estatística de quantos jovens e adolescentes sabem realmente ler e escrever?

Aos professores e mestres, profissão tão digna outrora e hoje tão humilhada, fica sempre o encargo da cobrança. O sistema cobra do professor algo quase impossível, pois a sala de aula, hoje, é como uma panela de pressão, prestes a explodir a qualquer momento. Basta apenas uma falta de educação qualquer de um aluno que o professor já se vê sem reação e por algumas vezes acaba por perder o respeito de toda classe. Situação essa fruto de leis que são interpretadas erroneamente pela sociedade e que trata a criança, o adolescente e o jovem como “intocáveis”. Sem contar o salário vergonhoso que é pago hoje ao profissional responsável pela criação da intelectualidade do país. Enquanto milhões de reais são desviados nos governos por aí a fora.

Às famílias, resta o ônus de ter na escola, muitas vezes o único lugar para lamentar o desinteresse e a mudança de comportamento dos filhos e tentam transformar o templo escolar e seus funcionários em uma catedral de milagres e seus obreiros. Situação complicada, pois vemos cada vez mais as famílias afastadas da escola, sem interesse pelo desenvolvimento educacional dos filhos, simplesmente porque o sistema não oferece uma escola participativa eficaz. Até mesmo o projeto “Escola da Família” do governo do Estado de SP foi fadado ao fracasso com várias escolas que hoje não conseguem mais sustentar o projeto, pois simplesmente, voluntários, educadores e profissionais se recusam a trabalhar em determinados locais considerados de risco, sendo que estas são as comunidades que mais precisam.

Finalmente, aos alunos, estes sim são os mais prejudicados em todo o sistema, pois são obrigados a aceitar calados cada mudança, cada imposição colocada a eles. São obrigados a aceitar uma progressão continuada que os fazem chegar ao final do Ensino Fundamental sem o mínimo do conhecimento possível. São obrigados a aceitarem uma Escola que mais parece uma prisão e que em pouca coisa difere do ambiente de uma Fundação Casa (antiga Febem). São obrigados a aguentarem professores mal-humorados por conta da remuneração e das condições a que são submetidos para lecionarem. São obrigados a aceitarem regras que eles, os alunos, sabem bem, que nem mesmo os seus líderes e governantes seguem.

É fácil condenar o baixo escalão, neste caso os alunos, pelo fracasso do ensino público, pois os mesmos, na fase áurea da adolescência, período das curiosidades e das avalanches de informações que chegam até eles, se tornam muitas vezes, rebeldes ou inquietos. E desta forma fica mais simples tirar a responsabilidade de quem realmente deveria tê-la. Pois até a acusação do mal-fadado sucesso do todo poderoso ensino público proposto pelas autoridades, é culpa de um sistema que já viciou em encontrar “bodes expiatórios” ou “bois de piranha” para os fracassos.

Até quando vamos aguentar estas situações? Em que momento vamos conseguir finalmente combater esse GENOCÍDIO INTELECTUAL das nossas crianças e dos nossos jovens?


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